Thursday, October 12, 2006

"Pobreza e exclusão social no âmbito da realidade portuguesa"

Temos todos que fazer, um grande esforço.

A exclusão, é nos nossos dias, uma chaga social, que mina as sociedades, e em particular, a sociedade portuguesa.
Mas ao contrário, do que possa parecer.
Há vários tipos de exclusão social.
Às quais, parece que estamos a dar pouca atenção.
E quando digo estamos!
Falo do todo nacional, o Governo, as empresas, as instituições de solidariedade social, a sociedade em geral.
É que o paradigma da exclusão social, alterou-se.
Existem hoje, diversos tipos de excluídos, e exclusões.
Há aquela, que salta aos olhos de todos, que é a dos indigentes, e dos toxicódependentes.
Que pela sua circunstância, estão excluídos de qualquer acesso a bens de primeira nessecidade, como casa, emprego, alimentação, e todas os outras por arrastamento.
Depois, temos os desempregados.
Que num repente, por diversos motivos, ficaram sem o seu posto de trabalho, e sem o seu salário.
Por encerramento das empresas, por cessação dos contratos de trabalho, pela reestruturação das empresas onde trabalhavam, enfim, uma panóplia de circunstâncias, que os atiraram para o desemprego.
Ficando assim sem a possibilidade, de fazer frente aos encargos inerentes ao seu dia-a-dia, tais como o pagamento da renda, ou amortização da casa, a água, electricidade, os transportes, a alimentação, a educação dos filhos condigna a que têm direito etc, ctc.
Temos depois, aqueles que embora trabalhem, pouco ganham acima do salário mínimo nacional.
Ficam por natureza, excluídos do acesso à grande maioria dos bens essenciais, em função dos salários baixos que auferem.
Lutando com enormes dificuldades no dia-a-dia, para conseguirem não viver, mas...sobreviver ao custo de vida, que como todos sabemos se agrava, a cada dia que passa
E temos por fim, os reformados com pensões a baixo de 300 euros.
Que têm exactamente as mesmas dificuldades em fazer frente ao custo de vida, com a agravante de muitos deles, viverem unicamente dessa pensão.
E por outro lado, a maioria desses reformados doentes, em que grande parte da pensão, é gasta em medicamentos.
Como se pode verificar. Há uma diversidade de excluídos, que por circustâncias diversas, ficaram sem os meios económicos, para terem uma vida digna, a que têm direito.
Poderíamos arranjar diversas explicações de tudo isto.
Para o desemprego, para os salários baixos, para as reformas de miséria, para, os sem abrigo, e toxicódependentes.
Mas a verdade, é que eles existem!
E não podemos ficar de braços cruzados.
O país, que somos todos nós!
Não nos podemos alhear, desta realidade com que nos confrontamos.
Temos todos que fazer um esforço, em uníssono para que esta gritante realidade deixe de o ser, de uma vez por todas.
O país não pode desenvolver-se, sem que estas excluídos tão diversificados, sejam incluídos na sociedade.
Temos todos que fazer, um grande esforço.

1 comment:

Anonymous said...

Caro Mário Margaride,os "pacóvios",os sofridos,serão os remediados de hoje,os pobres de amanhã!
Juntando-se assim aos imensos pobres já existentes e que como sabemos ultrapassam os 2 milhões de cidadãos em Portugal.
Vivemos demasiados anos envoltos no nevoeiro,tal qual D. Sebastião,que nuna mais regressa,a UE!
Modelo fracassado,sem futuro,necessita de cortes radicais com a política actual.Não é só cortar nos desgraçados.É preciso ter coragem de criar fronteiras de novo,proteger a criação portuguesa,determinar orientações sérias e dolorosas para as multinacionais que se aproveitam dos pobres de hoje,para se aproveitarem dos pobres de amanhã!E saem do nosso e outros países deixando uma réstea de maior pobresa.
É realmente preciso muita coragem para inflectir o rumo dos acontecimentos.Quanto mais tarde pior!

Um abraço
Mário relvas